COLUNA POLITICA

Kassab, um novo fenômeno? Nem o próprio Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo e criador do PSD, esperava tamanha amplitude da nova legenda. Bastou o partido obter o registro do TSE para os políticos darem o start da vergonhosa revoada. Nunca se viu na história do País tamanho adesismo! Fala-se em Brasília na entrada de 60 deputados e três senadores. Como no resto do território nacional, Pernambuco não poderia ser difente. Até a meia noite de hoje, quando se encerra o prazo legal do troca-troca partidário, a agremiação de Kassab terá arrebatado um leque de adesistas que confirmam um novo paradigma aberto na história partidária nacional. Retirado das hostes pefelistas, com DNA macielista, o ex-deputado André de Paula acaba, hoje, a sua missão com estafa. E com um calo no dedo, diga-se de passagem, de tanto abonar ficha de neopessedistas, seja deputado, prefeito, ex-prefeito, vereador e candidatos a um cargo eletivo nas eleições do ano que vem. Kassab, embora as pesquisas de avaliação do seu governo na capital paulista não sejam animadoras, ganha notoriedade e projeção no plano nacional. Assume o discurso da independência, mas que soa ridículo, porque no plano nacional o PSD entra na base de Dilma. Quanto a Pernambuco, a legenda tem o DNA e o controle absoluto, com mão de ferro, vale salientar, do governador Eduardo Campos. Nenhum nome ou liderança de peso assinou a ficha do seu partido sem antes passar pelo crivo do socialista que bate ponto nas Princesas. ESPAÇO NO GOVERNO – Diante da avalanche de adesões ao PSD em Pernambuco, a expectativa é grande, a partir de agora, em relação ao espaço que o partido terá no Governo Eduardo. Fala-se na ida do presidente estadual, ex-deputado André de Paula, para uma secretaria. Mas André jura de pés juntos que a sua missão é partidária, ou seja, é o missionário da organização e consolidação da legenda no Estado. No PSB, a ciumeira já levou muita gente a roer as unhas. Dorany bate duro - Do presidente do PMDB, Dorany Sampaio, sobre a transferência da prefeita de Lagoa Grande, Rose Garziera, para o PR, de Inocêncio Oliveira: “Não teve respeito ao partido. Foi cooptada por um governador que adota o discurso da modernidade, mas tem prática do mais pernicioso, atrasado e antiético coronelismo”. Madalena sai na frente - Pesquisa do instituto IPEC, contratada pela rádio Itapuama de Arcoverde, aponta a vice-prefeita Madalena Brito (PTB) na dianteira com 46%, seguida pelo ex-presidente da Câmara, Luciano Pacheco, agora no PSD, com 15% e o ex-prefeito Julião Guerra (PSB) com 12%. Foram entrevistados 240 eleitores entre os dias 29 e 30 de setembro. Na espontânea, Madalena tem 22% e Luciano apenas 1%. Carga em Serra - O deputado Sebastião Oliveira já está em plena campanha para prefeito de Serra Talhada. Hoje, a primeira biblioteca online do município a ser entregue à população da cidade tem o seu DNA. Numa recente conversa com o governador Eduardo Campos, sentiu forte disposição do socialista de ajudá-lo a levar mais obras e projetos para o município. Vetado no PSB - O desejo do ex-prefeito de Belo Jardim, João Mendonça, era, na verdade, ter ingressado no PSB, o partido do governador Eduardo Campos e não no PSD, onde foi abrigado. Mas foi vetado pelo ex-deputado Cintra Galvão, que embora seja do PTB, detém no município o controle da legenda socialista. E é quem vai tirar proveito da divisão dos Mendonça. CURTAS - VIROU TUCANA – A ex-prefeita de Afogados da Ingazeira, Gisa Simões, trocou mesmo o PMDB pelo PSDB e já deu a entrada na ficha de filiação tucana no diretório municipal da sua cidade, onde deve ser candidata a prefeita, mais uma vez. Mas, o PMDB continuará em suas mãos. NO PÁREO – O deputado Gonzaga Patriota avisou, ontem, que não vai aceitar prato feito ba sucessão em Petrolina. Para ele, PF era a escolha antecipada do nome do deputado Fernando Filho, herdeiro político do ministro da Integração. “A decisão tem que ser democrática”, avisa. PERGUNTAR NÃO OFENDE – O PSB vai cumprir a ameaça de lançar candidato próprio no Recife com a ingresso irreversível de Odacy Amorim no PT?