A greve do Detran-PE, na teoria, já acabou, mas os transtornos continuam para a população. A demanda reprimida vai resultar, sem dúvida, na lentidão dos serviços, mesmo com o fim da paralisação dos servidores. Mas não bastasse a morosidade nas atividades durante mais de dois meses, com gente chegando em frente aos postos do órgão de madrugada, outros com carros novos presos nas concessionárias por falta de documentação, a diretora de atendimento do Detran teve uma ideia brilhante.
Ela pediu para a população, que tem sofrido com uma greve que se arrastou por 66 dias, procurar o órgão apenas em caso de urgência. Mas como assim, será que depois de dois meses esperando um serviço existe alguém que não esteja com urgência para resolver seu problema? O difícil vai ser convencer o usuário de que, após todo esse tempo, o caso dele pode esperar mais um pouco.
Depois dessa solicitação da diretora do Detran-PE, o órgão tomou uma decisão sensata. Prorrogou os prazos de tolerância para vários procedimentos e documentos vencidos durante a paralisação. Isso era o mínimo que o órgão deveria fazer. O que não dá é jogar o problema no colo da população de novo.
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