sexta-feira, 29 de julho de 2011

COLUNA POLITICA



          Propaganda e a vida real
Pernambuco não é ilha da prosperidade e de boas notícias como o Governo Eduardo tenta vender. Vem de leitores deste blog em Caruaru a informação de que as obras da duplicação da BR-104 pararam e, o pior, alguns trechos concluídos estão se dissolvendo feito sonrisal. Na semana passada, numa entrevista ao Frente a Frente, programa que apresento pela Rede Pernambucana de Rádio, o prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), confirmou a paralisação.
Não há uma explicação convincente, até porque lá atrás, o Governo Federal e o próprio governador do Estado disseram, estufando o peito, que os recursos da obra estavam garantidos. Mais grave, no entanto, são as reclamações de que a primeira parte da estrada, recentemente concluída, esteja virando pó, já com buracos, acostamento comprometido e falhas colocando em risco a vida de tanta gente que transita naquela região em direção ao polo sulanqueiro.
Se de fato a BR-104 virou uma obra sonrisal, que moral tem o atual governo de reclamar da situação também precária da BR-232, construída na gestão Jarbas? Uma semana antes da Semana Santa, o Governo fez tanta propaganda em cima da duplicação da BR-104 que ficou a impressão de que a estrada havia, finalmente, sendo concluída, virando um verdadeiro tapete. O tempo se encarregou de mostrar que não foi bem assim. A farta propaganda, na verdade, não bate com a vida real.
BOLA FORA– Deputados de um movimento suprapartidário acataram a ideia do pernambucano Sílvio Costa (PTB) de destinar parte da receita da legalização dos bingos para o financiamento da saúde pública ao invés de ser recriada a CPMF. A matéria tramita no Congresso, mas a presidente Dilma não quer nem ouvir falar na hipótese. Sua posição é radicalmente contrária à legalidade, mesmo que resulte em aumento de receita para a Saúde. Está certíssima!
O barão sertanejo - Mesmo tendo sido o padrinho do balão de ensaio dado na candidatura do vice-prefeito Luciano Duque (PR) a prefeito de Serra Talhada, o deputado Inocêncio Oliveira anda ressabiado. Tudo porque o prefeito Carlos Evandro (PR) proclama aos quatro cantos que elege Duque com ou sem apoio de Inocêncio, porque, hoje, ele é o dono absoluto dos votos em Serra.

A nova bomba de Hiroshima - Segundo reportagem do jornal O Globo, só este ano a Polícia Federal, numa ação conjunta com as polícias Militar e Civil, já tiraram de circulação no Estado o equivalente a 6, 810 milhões de pedras de crack. Equivale a 4,43 pedras por habitante do Recife. Segundo a ONG Comunidade Pequenos Negócios, a droga transformou-se num flagelo social, uma verdadeira bomba de Hiroshima.
Horror social - Ainda sobre o avanço do crack em Pernambuco, as estimativas mais conservadoras indicam que há entre 30 mil a 60 mil consumidores da droga espalhados nos 184 municípios. Só na capital, são cerca de 400 pontos de venda da pedra. Só num centro de saúde, cerca de 60 crianças são atendidas por dia. Que horror!
Para o beleléu - O senador Armando Monteiro Neto (PTB) não acredita mais em nenhum tipo de mudança nas regras eleitorais para o pleito municipal do próximo ano. Nem mesmo o fim das coligações proporcionais, como chegou a ser admitido pelos deputados que integram a comissão de reforma política. “Não há mais tempo”, adverte.
CURTAS
FIAT– O prefeito do Cabo, Lula Cabral (PTB), diz que fugiu ao seu controle e do próprio governador Eduardo Campos a instalação da montadora da Fiat naquele município. “O que esteve ao nosso alcance nós fizemos. A decisão de ir para Goiana é de mercado”, afirma.
EM CAMPANHA Mais um sinal de que o governador Eduardo Campos só pensa naquilo – a Presidência da República: pegou um jatinho e foi, ontem, para São Luís prestigiar a filiação do ex-presidente do PSDB do Maranhão, Roberto Rocha, à legenda socialista.
SOCIAL – A primeira-dama de Petrolina, Andrea Lóssio, que faz um excelente trabalho social na gestão de Júlio Lóssio, ganhou homenagens dos mais diferentes segmentos da sociedade petrolinense pela passagem do seu aniversário. Extremamente simpática, tem jogo de cintura.

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