quinta-feira, 9 de junho de 2011

Roberto Freire diz que seria um pesadelo uma fusão do PPS com o DEM



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Apesar de ser aliado em boa parte dos Estados e municípios, o deputado federal e presidente nacional do PPS, Roberto Freire considerou que seria um "pesadelo" a especulada fusão entre os pós-socialistas e os Democratas (DEM). No mesmo bloco, ainda caberia o PSDB. "O que temos em comum com o DEM? Nada! O PPS defende uma esquerda democrática que nem o PT faz. O PPS não entra nessa 'cantinela', que se juntou com Sarney, Collor e outros coronéis por aí. Não tem nada dessa fusão, seria pesadelo e não sonho".

Trazendo a conversa para o âmbito do governo federal, o presidente nacional do PPS avisou que a oposição não vai dar trégua a presidente Dilma e disse que o ex-ministro Antonio Palocci precisa se explicar. "Ele está saindo por malfeitorias, mas a Dilma, Gleisi e todo o governo o considera como um herói. Se acham isso, por não ficaram com ele? Por que não o apoiaram? Por que o PT não deu voto de apoio?", questionou Roberto Freire, emendando: "É um governo de inaptidão, que sofreu derrotas e envelheceu precocimente. Gleisi (Hoffmann, nova ministra da Casa Civil) não tem capacidade política para colocar o governo nos eixos".

Roberto Freire revelou que nem a oposição acreditava que a primeira grande crise no governo Dilma aconteceria tão cedo. "A gente sabia que ela era despreparada. Nem preparada ela era para ser a 'gerentona' do governo Lula. Os investimentos do PAC foram poucos, alguns programas inexistentes e não funcionaram. Nem nos aeroportos o governo andou e estamos com esse problema para sociedade. É um governo só de 'fanfarronice', que nem consegue esconder que são a favor de privatizaçãoes, como vão fazer com os aeroportos", atacou o pós-socialista.

Sobre a crise com o PMDB do vice-presidente da República, Michel Temer, Roberto Freire avaliou que, no governo, o problema maior com a base não são os peemedebistas e, sim, os petistas. "O PT tem uma gana de aparelhar o Estado que entra em conflito com o PMDB, que é mais profissional e mais unido", disse. Diante da especulação de que Temer, após a saída de Palocci do governo, assumiria a posição de "grande articulador" do governo, o pós-socialista foi categórico. "Se inventaram esse negócio de Temer ser o grande articulador, acabou o governo. Onde já se viu um vice com mais poder do que a presidente?", ironizou.

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