quinta-feira, 9 de junho de 2011

Para Jungmann, fusão do PPS com o DEM é "contrassenso ideológico"



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Seguindo a mesma linha de pensamento do presidente nacional do PPS, Roberto Freire, porém sem ser tão enfático nos argumentos, o presidente estadual da sigla, Raul Jungmann considera um "contrassenso ideológico" a possibilidade de fusão do partido com o DEM. E o ex-deputado ressalta que isso vale para os dois lados. Porém, quando o assunto é montar uma aliança para disputar as eleições de 2012, sobretudo à Prefeitura do Recife (PCR), o papo muda. Suaviza.

"Não acho que os partidos fariam isso (fazer a fusão). Seria um contrassenso ideológico tanto para o DEM quanto para PPS isso. Seguimos linhas ideológicas programáticas diversas. Somos socialistas democratas e eles seguem uma tendência mais imperialista. Não faz sentido fazer uma corrente que já nasce esquizônica".

Questionado se o argumento poderia servir na prática - leia-se, na construção da aliança como o próprio Jungmann vem fazendo -, o pós-socialista exemplificou os casos onde figuram o PT, PSB e PR. "E o PT de Paulo Maluf? O PSB de Eduardo Campos? O PR e assim por diante? Não são assim também? Na prática são coalisões voltadas para o poder e nossa cultura política aceita isso. Mas uma fusão entre um partido de esquerda e outro de direita não faz sentido", frisou. 

"Para se chegar ao governo isso (aliança entre partidos antagônicos) é aceitável, mas a fusão não. Isso ultrapassa o limite de uma aliança para se transformar em alguma coisa substanticiável, onde os polos se anulam", finalizou Jungmann.

Contudo, vale salientar que a proposta de unidade política em torno dos partidos de oposição elaborada por Raul Jungmman, segundo o próprio pós-socialista, teve boa receptividade no presidente estadual do DEM, o deputado estadual Mendonça Filho, além dos demais partidos: PSDB, PMN e PMDB. O ponto central da ideia é criar uma mesa de discussão para traçar estratégias pensando nas eleições de 2012, nisso incluindo se a oposição vai lançar candidatura única ou mais nomes. 

Nesse contexto, essa bandeira de "contrasenso" e "pesadelo" será que cabe? Ou será que termina naquele dito popular que diz: "faça o que digo, mas não faça o que faço".

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