sexta-feira, 10 de junho de 2011

O crime contra o consumidor compensa


VIVA O BRASIL!

Semana passada fui fazer a portabilidade da TIM para a Claro quando fui surpreendido com meu nome negativado no Serasa. O débito era de R$ 200,00 com uma tal de TNL PCS, no fim do ano de 2009.
Fui verificar do que se tratava, e descobri que a TNL PCS era a famigerada Oi/Telemar, Campeão do Prêmio Nelsinho Piquet de Ética e Responsabilidade Social. Mesmo sem saber do que se tratava a dívida, pedi logo uma segunda via da fatura para resolver o problema, o que demorou “apenas” umas 2 horas no telefone da loja da Oi.
Fiquei intrigado com aquela dívida, e aí percebi que o número do telefone não era o meu. Estava pagando por algo que não devia, para que o problema fosse logo solucionado.
Depois de muita conversa para cá e para lá, e de uma investigação com um amigo do Rio de Janeiro que lá trabalha, descobri que quando fiz a portabilidade da Oi para a Tim (outro lixo), a Oi abriu um novo número para mim, com um novo plano, e continuou me cobrando, por 3 meses.
Não quiseram reconhecer o erro, o que é obvio em se tratando de um país esculhambado como o Brasil, e me resta ir à Justiça brigar para receber uns míseros trocados de indenização. Pensar em uma cassação de concessão por recorrências como essa é o mesmo que acreditar na “perna cabeluda” ou no “saci pererê”.

Na verdade isso deve acontecer com milhares de pessoas, e a grande maioria não irá à Justiça lutar pelos seus direitos, porque o trabalho é grande para tão pouco benefício.
E podemos perguntar, e a Anatel?
Essa e outras agências foram completamente abduzidas pelo setor privado. O mais fácil para as empresas é conseguir uma indicação para as diretorias, ou mesmo um ex-deputado amigo.
É assim que funciona o “Capitalismo à Brasileira”. Pega o que tem de pior no capitalismo, que é o desrespeito às regras e ao consumidor, e o pior dos regimes totalitários, que é a abdução do Estado para interesses privados. Esse tipo de empresário na verdade tem horror a mercado. Gosta mesmo é de uma boquinha estatal para esconder suas deficiências, e crucrificar o consumidor, que se vê sem defesa.
E neste Capitalismo de Estado, ou Socialismo de Mercado (chamem como quiser) Tupiniquim, praticar crimes contra o consumidor compensa.

Nenhum comentário: