sábado, 18 de junho de 2011

Eterno, mas nem tanto. Dilma e Lula: risco de baterem de frente



 O posicionamento do ex-presidente Lula contra a esdrúxula proposta do sigilo eterno para documentos oficiais, ao contrário da decisão de Dilma Rousseff, exprime mais uma etapa do cabo de guerra disputado entre o antecessor e a sucessora. Esta optou por alinhar-se a José Sarney e Fernando Collor, para quem muita coisa precisa ser escondida até o final dos tempos. Aquele demonstrou nada haver deixado embaixo do tapete.
Mais uma vez ameaçam bater de frente, coisa que só prejudicará a proposta de permanecerem trinta anos no poder.
Divididos, talvez não se entendam na própria sucessão de 2014. Ignora-se porque Dilma decidiu alinhar-se à discutível estratégia  de esconder a memória nacional, se parece evidente que  nenhum acordo secreto ou determinação sombria tenha acontecido em seus primeiros seis meses de governo, ao contrário do que parecem demonstrar os outros dois ex-presidentes. Porque essa conversa de preservar os subterrâneos  da Guerra do Paraguai e as artimanhas do Barão do Rio Branco  não pega.

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