domingo, 12 de junho de 2011

Continuismo na Assembleia tumultua alianças




 É cedo para analisar se a PEC da reeleição na Assembleia Legislativa será um divisor de águas na relação do governo com alguns aliados de peso eleitoral. Mas a história de Pernambuco mostra que não são comuns os exemplos de gestores que conseguem manter uma aliança tão ampla por muito tempo. O ex-governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), por exemplo, viu sua base esfacelar-se no segundo mandato, por causa da saída de caciques do PTB, como o senador Armando Monte iro Neto, atual presidente do partido. 

Segundo um governista, Armando teria ficado descontente com o governo desde que o prefeito de São Lourenço, Ettore Labanca (PSB), que foi ex-secretário de Articulação Política do governo, começou a pressionar o PTB a votar a favor da PEC. Ettore teve uma conversa com Armando, recebeu uma negativa do apoio à reeleição de Uchoa, mas teria mantido as pressões em cima de vários deputados trabalhistas. Outro motivo que desagradou o senador foi a possibilidade levantada pelo presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, de fazer uma aliança com Eduardo no futuro. A aproximação com o tucano também não é vista com bons olhos pelo PT. 

Procurado pela reportagem, Sérgio Guerra disse que o motivo de maior distância entre ele e Eduardo é o apoio dado pelo socialista ao governo Dilma Rousseff. Mas Sérgio não fez apostas para o futuro. “Só quem pode garantir que vai continuar com Dilma é Eduardo”, disse. “Aqui em Pernambuco, o jogo não começou. Muita água vai correr debaixo da ponte”, acrescentou o tucano.

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