Amanhã e sexta-feira, as clientes da H.Stern do Recife vão poder se extasiar com uma das maiores preciosidades deixadas pelo fundador da H.Stern do Brasil, Hans Stern: uma coleção de raríssimas turmalinas Paraíba, que pela primeira vez sairão do Museu da H.Stern, no Rio de Janeiro. Genuinamente brasileira, a pedra é uma das mais cobiçadas do mundo. De um azul profundo e hipnotizante, dizem os entendidos que esse tipo de gema é capaz de acender à noite.
A turmalina Paraíba foi encontrada pela primeira vez no distrito de São José da Batalha, no interior da Paraíba. O Brasil é rico em turmalinas, mas a variedade de um azul único surgiu da obstinação do mineiro Heitor Dimas Barbosa que escavou durante sete anos até que, em 1989, achou um punhado de turmalinas, estranhou a cor e mandou para análise no maior laboratório de gemas do mundo, o Gemological Institute of America. Eram pedras únicas no planeta. O GIA ficou tão impressionado que publicou reportagem de nove páginas em sua revista.
O fundador da H.Stern, Hans Stern, falecido em 2007, tinha as turmalinas como suas pedras preferidas. Era tão aficcionado pela gema que deixou uma coleção particular de turmalinas, a maior e mais importante do planeta, aberta à visitação pública na matriz da joalheria, no Rio.
A paixão do joalheiro começou por necessidade: como a empresa lidava com pedras, era preciso treinar funcionários para classificá-las. Então, para facilitar, começou a juntar pedras diferentes formando uma cartela de cores. Depois de um tempo, já existiam perto de cinquenta turmalinas de cores diferentes. Quando um gemógolo estrangeiro passou pelo Brasil, Hans mostrou as pedras e pediu que o gemólogo as identificasse, quando ele começou a nomeá-las: rubi, esmeralda… traído pelos olhos. Desde então, Hans Stern passou a ser um caçador de turmalinas, investindo e rastreando até que a coleção chegasse às espantosas 971 pedras de hoje.
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