quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Foi pacífico, mas se depender das calçadas do centro, o que não falta é arma para os estudantes



Davi precisou apenas de uma pedra para derrubar o gigante Golias. O cenário era o que é hoje o Oriente Médio, mas sem o dinheiro do petróleo e a modernização que transforma todo o mundo. O chão era pedregoso. Bastou o franzino se abaixar e lá estavam pedras de todos os tamanhos para que ele, com o badoque, acertasse o gigante. Os policiais e governador Eduardo Campos garantem que sim, os estudante garantem que não. Mas não foi por falta de pedra. Na manhã desta quinta-feira (26), depois de três dias de protestos, na esquina onde aconteceu o maior confronto entre os Golias do Batalhão de Choque e os manifestantes Davis.


No encontro da Avenida Conde da Boa Vista e da Rua da Soledade, Márcio Morais fotografou um verdadeiro arsenal a disposição dos jovens. O Estado, que, pasmem, reclama da violência dos estudantes disponibiliza para eles uma quantidade de pedras e tijolos tão grande que o Golias do Antigo Testamento nem ousaria se aproximar.

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