sábado, 11 de junho de 2011

PLANEJAMENTO FAMILIAR




O que é planejamento familiar?

O planejamento familiar é um ato consciente: torna possível ao casal programar quantos filhos terá e quando os terá. Permite às pessoas e aos casais a oportunidade de escolher entre ter ou não filhos de acordo com seus planos e expectativas.

Programar o crescimento (ou não) da família nos dias de hoje é fundamental. Não apenas porque economicamente a vida está mais difícil, mas também porque muitas vezes investir na carreira pode ser a prioridade do momento tanto para o homem como para a mulher.

Benefícios do planejamento familiar

O acesso à informação e a facilidade de obtenção de meios contraceptivos sob orientação médica adequada é a única maneira de preservar a saúde da mulher, evitando gestações indesejadas, diminuindo o número de gestações de alto risco, abortos inseguros e conseqüentemente reduzindo a mortalidade materna e infantil.

O planejamento familiar também beneficia as crianças, na medida em que aumenta o intervalo entre as gestações: se elas pudessem nascer pelo menos dois anos depois da anterior, a morte de 3 a 4 milhões de crianças poderia ter sido evitada.

O benefício do planejamento familiar para os homens e mulheres é evidente: eles podem, com a programação do nascimento de filhos, preparar-se melhor para oferecer uma vida e um futuro mais estável para sua família.

Sempre com a supervisão de um médico, o casal pode ter conhecimento de como fazer para se evitar uma gravidez indesejada, e de como agir futuramente, com tranqüilidade, na hora em que decidirem ter um bebê.




MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

A possibilidade de o casal decidir quantos filhos deseja ter, em que idade tê-los e o intervalo entre as gestações é um dos maiores avanços da nossa era. Durante milênios, o ser humano não dispunha dos conhecimentos científicos e tecnológicos que hoje estão largamente disponíveis para aqueles que querem viver a paternidade ou a maternidade de forma responsável.

Esta página tem como objetivo fornecer informações básicas para que as mulheres e seus parceiros – ajudados pelos profissionais de saúde – possam decidir de maneira mais consciente a escolha do método contraceptivo mais adequado.


Pílulas anticoncepcionais - Existem dois tipos:
Pílulas combinadas: Possuem dois hormônios que impedem a ovulação. Em teoria, são muito eficazes, mas, na prática, podem falhar bastante, devido ao esquecimento, ao uso incorreto e à mistura com outros medicamentos. As pílulas não podem ser tomadas por mulheres com doenças do coração, pressão alta, derrame, trombose, diabetes, câncer de mama, que estejam amamentando e por fumantes após os 35 anos, entre outras.

Pílulas de progesterona: Contêm progestágeno em dose baixa. Não costumam inibir a ovulação e, por isso, são menos eficazes do que as pílulas combinadas. Por outro lado, possuem menos contra-indicações e podem ser utilizadas na amamentação.


Pílula do dia seguinte:
Pode ser usada em caso de emergência, como após uma relação sexual desprotegida ou na falha de outro método (camisinha que rompeu). Não é tão eficaz quanto os outros métodos hormonais.


Implante:
É um pequeno bastonete que é colocado debaixo da pele. Possui apenas um progestágeno e dura até três anos. É muito eficaz, fazendo com que a menstruação diminua ou cesse em muitas das mulheres usuárias.


Anel vaginal:
Assim como a pílula, possui os dois hormônios, estrógeno e progestágeno, que são absorvidos através da vagina. Deve ser inserido pela mulher no primeiro dia de menstruação, permanecendo por três semanas. Após esse período, e mais sete dias de descanso, deve ser retirado e trocado por um novo anel.


Adesivo contraceptivo:
Também possui os dois hormônios da pílula, sendo colocado sobre a pele a partir do primeiro dia da menstruação. Deve ser trocado a cada sete dias, num total de três por mês.


Dispositivos intra-uterinos (DIUs):
São pequenos objetos de plástico com cobre ou hormônio que são colocados dentro do útero para impedir a gravidez. Duram de cinco a dez anos e são muito eficazes. O dispositivo intra-uterino com hormônio diminui o fluxo menstrual. Os DIUs devem ser inseridos por médicos treinados.


Camisinha (preservativo masculino):
Protege contra a gravidez e também contra as doenças sexualmente transmissíveis. Pode ser associada a outros métodos anticoncepcionais para maior segurança.


Camisinha feminina:
Também protege contra as doenças sexualmente transmissíveis. Tem as desvantagens de ser difícil de colocar e possuir alto custo.


Diafragma:
É um pequeno anel revestido com silicone que a mulher coloca na vagina junto ao colo do útero com uma geléia espermicida, antes do coito, para impedir a passagem dos espermatozóides para o útero. É necessário treinamento para que a mulher aprenda a usá-lo.


Tabela:
Consiste em evitar a relação sexual no período fértil da mulher, que geralmente acontece entre o 10o e o 18o dia do ciclo. É um método pouco eficaz.


Ligadura de trompas:
É uma cirurgia que se constitui no corte das trompas, impedindo o encontro dos espermatozóides com o óvulo. É muito eficaz e não afeta a saúde da mulher, mas deve-se considerar que é irreversível.



Vasectomia:
É uma cirurgia masculina que se assemelha à ligadura de trompas. Na vasectomia, os canais deferentes são cortados, impedindo a saída dos espermatozóides. Não causa impotência, e é também considerada irreversível.


CONTRACEPTIVOS INJETÁVEIS


Injetável mensal ou combinado:
É parecido com as pílulas combinadas e tem a vantagem de ser aplicado apenas uma vez por mês.
Injetável trimestral ou progestágeno:
Não contém estrogênio; por isso, a maioria das contra-indicações da pílula combinada não se aplica a esse tipo de injetável, que pode ser utilizado durante a amamentação, por fumantes, por mulheres com pressão alta leve e por usuárias de anticonvulsivantes e antibióticos. Após alguns meses, a maioria das mulheres pára de menstruar.

Como usar
A primeira injeção deve ser aplicada durante os primeiros cinco dias de menstruação ou na sexta semana após o parto. Cada injeção oferece proteção eficaz por três meses.

Vantagens
- Eficaz: cerca de 99,7% de eficácia.
- Prático: uma injeção a cada três meses.
- Não contém estrogênio: pode ser usado na amamentação.
- Baixo custo.

Precauções
Não deve ser aplicado em grávidas, mulheres com suspeita de gravidez ou que já tiveram aborto retido. Mulheres com história de tromboembolismo, tromboflebite e alergia aos componentes da medicação ou com doença hepática, câncer de mama e sangramento geniturinário devem informar seu médico para que outro método seja indicado.
 MÁRCIO MORAIS

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