quarta-feira, 29 de junho de 2011

COLUNA POLITICA



            Quem perde é o PV
Os partidos brasileiros traíram o princípio sagrado das suas doutrinas, as ideologias viraram letra morta e o que vale hoje, na verdade, é o chamado pragmatismo eleitoral. De nada adiantou a Marina Silva, por exemplo, trocar o PT pelo PV, defender apaixonadamente às causas verdes numa histórica e competente campanha presidencial, na qual arrebatou 19,6 milhões de votos.
Marina transformou o nanico PV numa legenda aparentemente grande e respeitada. Sem ela, responsável pela provocação do segundo turno na eleição passada, o PV não iria a lugar algum e não vai, seguramente, a lugar algum. Está, portanto, fadado a virar sublegenda na próxima disputa presidencial.
Coerente e guerreira, Marina resiste, quer continuar no partido, mas os que detêm o poder e o controle da legenda, sob a mão de ferro do presidente José Luiz Penna, se fecharam em copas. Marina não é ouvida absolutamente para nada, não exerce influência no diretório nacional e, consequentemente, está fora dos planos do PV.
Mas, convenhamos, quem sai perdendo de fato nessa estória é o Partido Verde, que fica sem um candidato forte e competitivo para 2014. Marina foi a grande e reveladora sensação das eleições que levaram Dilma a suceder Lula.
Se tivesse mais tempo na televisão e estrutura de campanha certamente teria ido ao segundo turno contra Dilma, tomando o lugar de Serra, puxada pela onda verde que se observou no País, principalmente nos grandes centros urbanos.
DEBANDADA– Situação semelhante em Pernambuco vive o deputado Daniel Coelho, que está sendo forçado a deixar o PV por divergências com a direção estadual. Ele diz que enfrenta um tremendo conflito em razão de estar há 11 anos como militante verde, tendo sido o seu único partido. É provável que faça a travessia para o PSDB. “Não há mais condições de conviver harmonicamente com o comando do PV no Estado e o PSDB tende a ser minha alternativa”, diz.
Ele adorou! - Escalado, ontem, para falar em nome dos prefeitos na solenidade de lançamento do Programa Universidade para Todos, o prefeito de Araripina, Lula Sampaio (PTB), praticamente lançou a candidatura do governador Eduardo Campos ao Planalto. Foi tudo que o chefe gostaria de chegar aos seus ouvidos como uma melodia suave.


Wolney quer encerrar episódio - O deputado Wolney Queiroz (PDT) ignorou as provocações do deputado Tony Gel, que o acusou de ter tido comportamento de “menino bochudo” no episódio em que usou o twitter para instigar os paraibanos pelo fato de a presidente Dilma ter optado por Caruaru no São João e não Campina Grande. O pedetista mandou avisar que não iria dar mais um pio sobre o assunto.
Uma vergonha - Não é uma empreiteira que está tapando os buracos da PE-292, que liga o distrito de Albuquerquené ao município de Afogados da Ingazeira, mas o DER. Que, na verdade, faz uma operação com uma tropa caseira, sem consistência, lenta e que não resistirá a uma primeira chuva torrencial. Em 15 dias, taparam apenas 3 km de crateras.
Governo indiferente - O deputado Izaías Régis (PTB) tem pressionado o governador em busca do apoio oficial à sua candidatura a prefeito de Garanhuns. Ali, a base chapa branca está extremamente dividida e já tem um pré-candidato do PSB em campanha – o ex-prefeito de Caetés, Zé da Luz. E outro socialista querendo entrar: Eudson Catão, prefeito de Palmeirina.


CURTAS
EMANCIPAÇÃO– Líder do Governo na Assembleia Legislativa, o deputado Waldemar Borges (PSB) ocupou, ontem, a tribuna para homenagear os 102 anos de emancipação de Afogados da Ingazeira, dia 1. Ali, foi apoiado prefeito Totonho Valadares.
ÁGUA– A Compesa não gostou da nota postada aqui, ontem, sobre a reclamação de falta de água em Gravatá. Diz que ao longo dos festejos juninos, quando 400 mil pessoas invadem a cidade, o primeiro sinal de falta de água é o pedido de carros-pipas, que não houve. Ah, bom!
POSTURA– De um governista diante da declaração do senador Armando Monteiro Neto de que é aliado do governador e não subalterno: “Armando está certo. Aliado não pode ter postura lagartixa, de balançar a cabeça para tudo que o chefe deseja”.

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