Um funcionário do Hospital da Restauração, de onde foi liberado lixo hospitalar irregular para reciclagem, e o dono de um depósito no qual foi encontrado o material, na manhã desta quarta-feira (21), na Comunidade do Pilar, Bairro do Recife, área central da capital, são acusados de contaminação do meio ambiente e transporte, comércio e depósito de utensílios que representa risco à vida. Eles podem levar multa e pegar de 6 meses a um ano de prisão.
Seringas, agulhas, algodão, gases, bolsas de sangue, esparadrapos e outros objetos utilizados na rotina clínica estavam sendo reciclados no local. Em depoimento à Delegacia de Crimes Contra o Meio Ambiente (Depoma), o dono do depósito afirmou ter recolhido tudo na Restauração e levado para o lugar, onde trabalha e mora com a família. Essa teria sido a primeira vez que lixo irregular (causador de contaminação em pessoas e meio ambiente) foi parar no estabelecimento.
No Hospital da Restauração existe um sistema seguro, a Gerência de Reciclagem, para descartar lixo hospitalar. Ele é formado por etapas. De acordo com a delegada da Depoma Nely Queiroz, por alguma razão a ser investigada, o material que foi parar no depósito da comunidade do Pilar havia sido liberado por engano e o catador, por falta de informação, não fez a devolução. O gerente da reciclagem do hospital deve ser responsabilizado.
Segundo Queroz, a situação é resultado de erro duplo. "Negligência por parte do hospital, deixando o lixo errado ser liberado, e imprudência dos catadores, que, percebendo o erro, não devolveram o material e ainda deram início ao processo de reclicagem", diz. Por meio de denúncia anônima, a Vigilância Sanitária do Recife, a Associação Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) e a Depoma chegaram até o local.
A delegada acredita que hospitais e catadores devem passar por programas educativos para que problemas como esse não se repitam. Lixo hospitalar, mesmo reciclado, pode causar sérios danos à saúde a à natureza.
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