quinta-feira, 1 de março de 2012


        Briga de cachorro grande
Aliados históricos, Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Sérgio Guerra (PSDB) estão travando uma briga surda nos bastidores. Guerra atribui ao senador à versão difundida na mídia pernambucana de que o PSDB está isolado e não conseguirá romper o isolamento dentro do bloco oposicionista.
Jarbas diz que nunca espalhou tal versão. Ressalta, entretanto, que defende a tese de que as oposições tenham dois candidatos. “Se o PSDB já tem o seu candidato e não abre mão, como disse Guerra, nós vamos tentar construir o segundo candidato entre os pré-candidatos Raul Henry (PMDB), Raul Jungmann (PPS) e Mendonça Filho (DEM)”, disse Jarbas, num desabafo a este blogueiro, ontem, em seu gabinete, em Brasília.
Guerra, entretanto, interpreta a estratégia de Jarbas como uma tentativa de jogar o PSDB no limbo. “Mas ele não vai conseguir. Nós temos o melhor candidato e as maiores chances de ganhar as eleições. Só ele (Jarbas) não reconhece e joga para nos isolar”, desabafou o presidente tucano.
Jarbas e Guerra estiveram juntos nos últimos 15 anos. Foi graças à força de Jarbas governador que Guerra se elegeu senador. As divergências surgiram nas eleições passadas quando Jarbas disputou o Governo.
E se acentuaram após a derrota para Eduardo, porque Jarbas alega que o PSDB (leia-se Sérgio Guerra) o abandonou na campanha.
NA PRAIA – A tese de múltilpas candidaturas no Recife pela Frente Popular, que chegou a ganhar corpo numa estratégia do senador Armando Monteiro Neto (PTB), está morrendo na praia por falta de alternativas. Sem poder contar mais com o ministro Fernando Bezerra, que transferiu seu domicílio de Petrolina para o Recife, os que resistem ao nome do prefeito João da Costa ficaram restritos a três opções: Cadoca (PSC), Sílvio Filho (PTB) e Paulo Rubem (PDT). Nenhum deles com chances de viabilidade.
Os 7 do contra - Dos 25 deputados da bancada federal pernambucana apenas sete votaram contra o novo modelo previdenciário para o servidor público, aprovado na noite de terça-feira pela Câmara: Anderson Ferreira (PR), Augusto Coutinho (DEM), Gonzaga Patriota (PSB), Mendonça Filho (DEM), Paulo Rubem (PDT), Raul Henry (PMDB) e Wolney Queiroz (PDT).

Só em Salvador - O DEM de São Paulo está condicionando o apoio ao candidato do PSDB na capital, José Serra, ao alinhamento automático da legenda tucana aos candidatos democratas no Recife, Mendonça Filho, e de Salvador, ACM Neto. Mas o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, só aceita conversar em Salvador, porque a candidatura do deputado Antônio Imbassahy tem dificuldades de decolar.
Dudu está fora - O deputado Eduardo da Fonte, um dos mais votados no Recife nas eleições para a Câmara dos Deputados, também não quer entrar na aventura de uma candidatura na capital. “Prefiro cuidar das minhas bases no Interior”, disse, ao ser abordado por jornalistas se estaria em seus planos colocar o seu nome à disposição da Frente Popular.
O porta-voz - O governador Eduardo Campos (PSB) já fez chegar aos aliados que o candidato da situação a prefeito do Recife será mesmo João da Costa (PT). O recado foi soprado nos ouvidos dos deputados da bancada federal em Brasília pelo emissário Maurício Rands, que circulou em vários gabinetes e no salão verde depois de participar de uma reunião representando o governador.

CURTAS  
SEM A VICE– O deputado Gonzaga Patriota (PSB) disse, ontem, à coluna, que não alimenta expectativas de indicar o vice na chapa do candidato do partido em Petrolina, Fernando Bezerra Coelho. “Não desejo interferir. Vou deixar que o PSB resolva”, avisou.
APOIO – O deputado Raul Jungmann, pré-candidato do PPS a prefeito do Recife, passou, ontem, por Brasília, para fazer articulações e continua alimentando forte expectativa de ter o apoio do PMDB. Para Roberto Freire, o PMDB se aliar ao DEM seria um retrocesso. Por isso, ele não acredita que o partido apóie Mendonça.
PERGUNTAR NÃO OFENDE – Quem vai se apresentar como bombeiro para apagar o incêndio entre Jarbas e Sérgio Guerra?

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