segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

COLUNA POLITICA


      O 'painho' do Nordeste
O jornal O Globo de ontem traçou perfil de uma página, com chamada de capa, sobre o governador Eduardo Campos (PSB) tentando carimbá-lo de o novo “painho” da política do Nordeste. Na realidade, a intenção foi identificá-lo como a maior liderança nordestina pós Antônio Carlos Magalhães, que reinou na Bahia durante 50 anos.
O texto aponta que o governador pernambucano vem fazendo no Nordeste, sorrindo, o que antes o todo poderoso ACM fazia na Bahia gritando. Na reportagem, Eduardo, mais uma vez, teve a sua imagem associada a nepotismo, que o jornal adjetivou de “patrimonialismo e familismo”.
Diz que o governador transferiu a família dele e da mulher para o governo. “O irmão Antônio Campos, escritor, – destaca a matéria – virou promotor da Fliporto, uma feira de livros particular, mas conta com patrocínios de órgãos estaduais e federais.
Antes de ter a imagem arranhada na cena política nacional pela campanha que fez para eleger a mãe ministra do TCU, ele já tinha se cercado de parentes no TCE.
A mulher já era auditora concursada, mas ele indicou e nomeou como conselheiros um primo seu, João Campos; e um primo da mulher é um dos seus homens fortes, Marcos Loreto. Maurício Rands, nomeado secretário da Casa Civil, é primo de Renata.
E o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, é primo do governador, além de o pai de Renata, Cyro Andrade Lima, nomeado membro do Conselho de Administração da Compesa”.
SILÊNCIO– Fugindo ao seu estilo midiático, o governador não falou com a jornalista Maria Lima, autora da reportagem de O Globo, que assim concluiu o seu texto: “O governador foi procurado insistentemente pelo GLOBO desde a semana passada para uma entrevista. Por último foi prometida uma resposta a perguntas enviadas por escrito, mas até as 22 horas de sexta-feira passada ela não chegou”. Certamente, o governador já sabia que a matéria não seria para amaciar o seu ego.
Palácio rifa Odacy - O candidato do Governo em Petrolina já está escolhido. É o deputado socialista Fernando Bezerra Filho, socialista e filho do ministro da Integração. Após o Carnaval haverá uma operação poderosa para rifar a candidatura do deputado Odacy Amorim, que trocou o PSB pelo PT. Entende o governador que, com Amorim no páreo, o prefeito Júlio Lóssio (PMDB) pavimenta a sua reeleição.
O acordão de Araripina - Em Araripina, o prefeito Alexandre Arraes, que assumiu com a cassação de Lula Sampaio (PTB), tem feito um trabalho tão elogiado pelo governo que provavelmente nem precise negociar sua reeleição para garantir o apoio das forças que estavam na oposição. O Palácio vai chamar o deputado Emanuel Bringel para uma composição: na sua reeleição, em 2014, teria o apoio do prefeito.
Confetes e paparicos - Na prévia dos 50, coordenada pelo ex-deputado Edgar Moury Fernandes (PMDB), o prefeito João da Costa foi tão paparicado quanto o governador Eduardo Campos pelos aliados do bloco governista, inclusive o senador Humberto Costa, com quem compartilhou uma mesa. João Paulo ficou distante, preferindo continua a reclusão estratégica em João Pessoa.
Gato e rato - Em São Paulo, azedaram de vez as relações do PT com o PMDB depois que o vice-presidente Michel Temer reafirmou que não abre mão da candidatura do deputado Gabriel Chalita. Diante disso, o ex-presidente Lula começou a investir numa possível aliança com o PSD do prefeito Gilberto Kassab em torno da candidatura do ex-ministro Fernando Haddad.
 CURTAS
JOGO PESADO – Logo após o Carnaval, o governador Eduardo Campos pretende fazer um gesto com o deputado João Fernando Coutinho, pré-candidato do PSB a prefeito de Jaboatão. A ideia é formalizar o apoio da Frente Popular e carimbar as obras do município como estaduais.
AMIGÃO– Dos governadores aliados, a presidente Dilma só convidou o baiano Jacques Wagner (PT) para integrar, oficialmente, a sua delegação na visita, hoje,  a Cuba. Ontem, aliás, a presidente esteve em Salvador para a cerimônia do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto.
PERGUNTAR NÃO OFENDE – O PT nacional vai de fato intervir no processo da escolha do candidato a prefeito do Recife?

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