quarta-feira, 26 de outubro de 2011

COLUNA POLITICA



         A saída de Milton
Em time que está ganhando, não se mexe. A máxima do futebol não se aplicou ao sistema adotado pelo presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, na condução do partido em Pernambuco. Por muito tempo, o vice-prefeito do Recife, Milton Coelho, comandou com maestria a executiva estadual socialista, até que perdeu o trono, ontem, ganhando como compensação um espaço no diretório nacional.
As razões da queda de Milton até as paredes do Palácio das Princesas sabem de cor e salteado. E envolvem conflitos além da política. O governador tem uma relação de irmão com Milton e o considera um dos interlocutores mais inteligentes, honestos e capacitados do seu time.  
Até para preservá-lo do pior, consequência do fogo amigo que se espalhou dentro e fora do partido, Eduardo preferiu afastá-lo da presidência no Estado. Isso se deu, no entanto, depois de uma longa conversa, olho a olho, na qual o governador reafirmou o zelo e a consideração ao aliado e, mais do que isso, pediu para escolher a missão que gostaria de assumir, a partir de agora, no cenário nacional.
Como Eduardo hoje está fixado no projeto de disputar a Presidência da República, Miton terá um papel fundamental nas articulações Estado por Estado da conjuntura municipal de 2012, pleito que o PSB está apostando tudo para cacifar o governador pernambucano no plano nacional.
Mesmo fora da direção estadual do PSB, Milton, na verdade, continuará influente junto ao chefe, porque sabe ponderar e dizer as coisas corretas na hora certa. E sem medo de cara feia!
A PIOR ESCOLHA – Novo presidente estadual do PSB, Sileno Guedes integra o time dos áulicos que trabalharam 24 horas do dia pela derrocada de Milton Coelho. O governador não fez uma boa escolha. Guedes é daqueles que procuram saber quem inventou trabalho para mandar matar. Não se sabe as razões que influenciaram o governador, mas ele tinha no seu grupo um nome bem melhor para a tarefa, disposto e trabalhador: o secretário de Agricultura, Ranilson Ramos.
Coronel seduz o Palácio - Embora tenha trocado o PSDB pelo PSD, o prefeito de Gravatá, Ozano Brito (PSD), não terá o apoio do governador Eduardo Campos para tentar à reeleição. Ali, a tendência do PSB é se aliar ao projeto do coronel Joaquim Neto de voltar ao poder, para não contrariar acordo prévio fechado com o presidente tucano, Sérgio Guerra.
Se o cavalo passar... - O deputado João Paulo (PT) contou, ontem,  em Brasília, que se manteve no PT para atender apenas a um pedido da presidente Dilma e do ex-presidente Lula. Mas, reiterou que nada disso está relacionado às eleições do Recife em 2012. O ex-prefeito parece esconder o jogo. Se o cavalo passar selado ele, obviamente, monta, desde que tenha o aval e a unidade da Frente Popular.
Bateu de frente - Em Araripina, conforme este blog já havia cantado a pedra, a oposição ao prefeito Lula Sampaio (PTB) tende a se dividir. Estimulada pelo marido, o deputado Raimundo Pimental, a médica Socorro Pimentel reafirmou, ontem, em entrevista ao radialista Martinho Filho, sua disposição de entrar na disputa para bater de frente com o vice-prefeito Alexandre Arraes, que controla o PSB.
De olho na grana - A bancada federal começou a discutir, ontem, em Brasília, as emendas de interesse do Estado ao orçamento da União para o ano que vem. O governador não participou da discussão nem mandou tampouco emissários, mas os deputados já têm sinalização dos projetos que interessam mais ao seu governo para contar com os repasses da União.


CURTAS -
POSSE – A posse de Ana Arraes no Tribunal de Contas da União está marcada para às 15 horas, mas a comemoração será antecipada pelos aliados da ex-deputada com um almoço numa churrascaria de Brasília que contará com a presença do governador.
FESTA– O vereador Maré Malta, da bancada do PSD na Câmara do Recife, comemora 40 luas, hoje, em alto estilo, com direito a dar uma canja como cantor. A festança está marcada a partir das 19h30m no restaurante Adega, no Clube Português. Ex-PPS, Malta é um bom camarada.
PERGUNTAR NÃO OFENDE – Sem a menor condição de permanecer no cargo, quando o ministro Orlando Silva vai jogar a toalha?

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